terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Feras do Rádio Esportivo - Entrevista exclusiva


LUIZ PENIDO, TALENTO FORMADO
NAS DIVISÕES-DE-BASE DO RÁDIO


Ele é um dos maiores narradores esportivos do Brasil. De estilo criativo, jovial e que passa muita emoção nas transmissões dos jogos, é o titular da equipe de esportes da Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro 1.280 www.tupi.am . A emissora vem conquistando excelentes índices de audiência em toda sua programação totalmente voltada para o Rio de Janeiro. " O Garotão da Galera" - marca que vem usando há anos- é um talento garimpado e trabalhado numa época dourada do rádio pelo verdadeiro Butantã que era a Rádio Globo da capital carioca.

Nesta entrevista exclusiva que nos concedeu e que reproduzimos também na nossa comunidade do Orkut AS FERAS DO RÁDIO ESPORTIVO, Penido fala da sua trajetória na profissão, dos momentos e dificuldades que passou até a vitória na sua brilhante carreira, dos grandes nomes da comunicação esportiva e de assuntos da atualidade como o futuro do rádio AM, a ingerência e domínio da TV no futebol, o surgimento do rádio digital entre outros.
Com vocês, Luiz Penido, um dos mais queridos narradores do rádio esportivo do Brasil!


Quando baixou em você a certeza de que seria radialista esportivo, você tinha que idade exatamente?
Sempre tive esse desejo. Fui atrás de uma chance com 14 para 15 anos. Tentei na Globo, Tupi, Nacional e Mauá.Consegui com muita luta um teste na Nacional, com o Jorge Curi, e com Dalton Ferreira e outro na Globo. Na Mauá, o Orlando Baptista não deixou e na Tupi faltava uma data. Passei nas duas com ressalvas e mais ressalvas, mas entrei para a Globo em 22 de novembro de 1969. Era uma espécie de
"Faz Tudo", depois plantonista com o Jairo de Souza (titular do plantão) e o Iata Anderson, depois fui subindo. Mas foi duríssima a caminhada.

Como começou a sua paixão pelo rádio?

Meu pai (flamenguista ), era ouvinte assíduo e eu o acompanhava junto com os meus irmãos. Aí me apaixonei pela magia do rádio, desde que passei a me entender por gente.

E o seu primeiro emprego onde foi? Tinha que idade em qual função começou?...
Como disse, foi na Rádio Globo, lá pelos 15 anos e fazendo tudo na casa porque não falava ao microfone nos dez primeiros meses a não ser internamente nesse início.

Quais foram seus primeiros ídolos no rádio esportivo, os seus grandes referenciais?

Waldir Amaral, o maior de todos. Jorge Curi com quem passei a trabalhar efetivamente em 72 (Tinhamos feito a Copa de 70 em cadeia com Globo-Gaúcha-Nacional). Ao chegar na Globo ele se lembrou do teste, das minhas idas lá, e foi muito carinhoso. Nasceu alí uma grande amizade. Mas havia um grupo tão bom que as referências eram diversas. Uma escola de verdade.

Na Rádio Globo você chegou muito novo ainda (um verdadeiro garotão) quais profissionais te ajudaram nessa chegada, aqueles que te ensinaram “o caminhos das pedras”?...

Todos ensinaram muito e fiz amizade com toda a equipe. Os narradores eram: Waldir, Celso Garcia,
José Carlos Araújo, Sergio Moraes, Dalton Ferreira e Ayrton Rebelo. Logo em seguida vieram: Edson Mauro, Wanderley Ribeiro, Cezar Rizzo e Antonio Porto. Os comentaristas eram: João Saldanha, Luiz Mendes, Claudio Moysés e Raul Brunini. O Ruy Porto tinha saído uns três meses antes, mas depois voltou e trabalhei com ele também, e mais tarde com Affonso Soares, Alberto Rodrigues e Sergio Noronha.
A dupla de repórteres em 69, era dos "Trepidantes" Washington Rodrigues e Denis Menezes. Só tinha cabeça coroada e aprendi com todos, embora fosse mais próximo do Zé Carlos e do Washington, amizades que se estendem por todos esses anos e são imorredouras.

Como era o rádio esportivo nesse periódo, a competição entre as emissoras, as características de cada uma delas Nacional, Globo, Tupi, Continental, Guanabara, Tamoio?...
Na época o duelo já era entre Globo e Tupi, na ocasião com o excelente Doalcey Camargo.
A Continental crescia para baixo, como rabo de cavalo. A Tamoio não incomodava muito as líderes no futebol e a Nacional que já não era tão forte, desabou logo em seguida com a saída do Curi.
A terceira força ficou sendo a Mauá, com o Orlando Baptista, na década de 70.

Por ter tantas ‘feras’ nos chamados ‘primeiros times’ das emissoras como é que os mais jovens como você, aguardavam as oportunidades, era difícil não?...

Dificílimo. Mas havia companheirismo para ajudar na espera. Ralei bastante e subi lentamente. Enquanto isso trabalhava também em outros departamentos: jornalismo, programação e comercial. Não havia espaço para iniciantes e foi uma lenha, mas Deus me ajudou, porque a casa não costumava fazer lançamentos.

Fale um pouco das transmissões dos jogos de basquete em que você se especializou, e que na nossa opinião, se tornou inclusive um dos melhores dentro do rádio esportivo.


Era tanta transmissão, que em algumas datas faltava narrador para tudo, mesmo sendo muitos. Então comecei a me especializar em basquete para encurtar o caminho. Comecei a narrar trechos de jogos e depois jogos inteiros. Deu certo e, uns cinco ou seis depois me tornei titular da modalidade.
Acabei por ganhar o título de melhor do ano oito vezes fazendo basquete. Com isso ganhei a confiança do Waldir e passei a narrar também a Formula 1 enquanto ia me consolidando no futebol no nível que queria. Mas o processo foi longo, árduo extremamente difícil. Se não fosse um objetivo de vida, teria desistido.

Sua identificação era grande com a Globo, até pela sua origem profissional, em que momento e circunstância surgiu a vontade de ‘bater asas’ e ‘formar o seu ninho’ em outra emissora no caso à Tupi?
Na verdade a partir de meados de 75 passei a receber vários convites. Nunca cogitei aceitar qualquer um. Mas em novembro de 1988, fui convencido pelo Diretor Comercial da Tupi, Edson Perrota, a quem eu adoro, que me apresentou uma proposta de mudar tudo na Tupi. Topei e pedi demissão da Globo.
Não queriam me liberar, mas meu contrato tinha acabado de vencer, passando a ser por tempo indeterminado. Mas não teve jeito: Eu, Eraldo Leite, Danilo Baía, Marcus Tinoco, Alberto Rodrigues, Ivan Mendes e o Felipe Cardoso fomos para a Tupi. E deu certo. O primeiro passo foi modernizar a linguagem e criar um programa noturno de duas horas, O 'Giro Esportivo', que logo assumiu a liderança e foi pioneiro no tamanho e no formato.

Que lembranças você tem desse período, aconteceram muitas dificuldades?... Como foram os desafios de formatação da equipe e da programação e o retorno comercial dessa nova fase?
Com os que levei comigo no novo projeto e alguns bons já existentes o time ficou forte. Mas em um ano precisava de reforço para manter o fôlego. Foi aí que convenci o João Saldanha a voltar ao rádio. Ele tinha parado fazia um ano e meio. E foi a última emissora de rádio onde trabalhou. A frágil saúde dele cortou o caminho. Mas o João 'deu show' como de costume e me ajudou muitíssimo. Grande parceiro e gênio. Comercialmente também foi muito bom.

Fale um pouco da sua passagem pela Tropical FM e pela Nacional...

Foram rápidas, mas isso serviu para ajudar a dar bagagem. Na Nacional (1994) era arrendatário. Lancei o José Roberto Wright e levei o Chico Anysio e o Fernando Calazans, que eu tinha posto um pouco antes na Tupi, com grande êxito. Ele é muito fera e o Wright também. Me orgulho de ter começado a carreira na mídia eletrônica de ambos. Mas a Nacional esbarrava nessas coisas de governo e troca de políticos que não tem solução. O último bom momento da Nacional tinha sido de 1977 a 1984, com o meu dileto amigo, José Carlos, o Garotinho. Na Tropical estivemos basicamente com o mesmo o time, mas sem Wright e Calazans. Eu era contratado e mantive o Jorge Nunes que começou 'a voar'. Quando voltei para a Tupi em 97, consegui levá-lo.

Existe alguma fase da sua carreira que você elegeria com a mais difícil, aquela que te trouxe grandes dificuldades e te exigiu uma grande superação?...

Toda a carreira no rádio esportivo em nível máximo de competitividade, como sempre foi o meu caso, é uma luta constante que exige uma entrega total. É sempre trabalhoso demais competir e ter que ganhar de emissoras, também muito fortes e boas, e com equipes qualificadas. Tem que matar dois leões por dia.

No livro “O Milagre da Vida” sobre Osmar Santos, é revelado que “ele era considerado
o locutor inimigo dos comentaristas” pois nunca achou tão importante assim para a transmissão de um jogo, a figura do analista. Com você observamos uma postura exatamente oposta pois trabalhou ao lado de João Saldanha, Chico Anysio, Alberto Rodrigues, Luiz Mendes e outros e já há alguns anos faz com grande sucesso, uma dupla com o Apolinho Washington Rodrigues. Para você é fundamental numa transmissão ter um comentarista de peso ao seu lado ou concorda de alguma forma com a tese do Osmar “de que o ouvinte não aceita muito bem o cara que tem essa postura de ser o dono da verdade, de ter a opinião sobre tudo e sobre o jogo”...


Em primeiro lugar, meu amigo Osmar Santos é um gênio. Mas no caso aí, é um tipo de visão pessoal ou de gosto que prevalece. Talvez para ele fosse melhor por uma questão de estilo. O Osmar é um " Monstro Sagrado", só que para mim o comentarista é absolutamente fundamental. Respeito a posição do mestre Osmar, que deve ter os seus motivos, mas eu não imagino um jogo sem comentarista

Teve uma época em que muitos ex-jogadores tornaram-se comentaristas, principalmente na TV.
Alguns como o Gérson Canhotinha, “caíram como uma luva no rádio”. O que você pensa a esse respeito, dos ex-boleiros na latinha?...

Penso que quem é bom, é bom e pronto. Como é o caso do Gerson. E por que não dizer, do ex-goleiro Raul?... Acho bons. O que não é legal é forçar a barra, porque é sempre o ouvinte que decide. Ás vezes tentam forçar um nome ou outro, mas isso não funciona.

Como vê o surgimento de novos valores na função de narrador que é uma das mais difícéis dentro do rádio esportivo? Que avaliação faz de Odilon Júnior, Fernando Bonan, João Guilherme e outros jovens narradores que estão surgindo?

Para ser bem sincero, todos esses citados já deram certo na profissão. São muito bons e de grande estrada pela frente. Há outras feras surgidas recentemente como o Edílson Silva, Hugo Lago, Daniel Pereira, ETC... Isso para falar só do Rio. Existe muita gente de alta qualidade surgindo pelo país afora.

O que está faltando hoje para que o rádio esportivo seja ainda mais atraente para o público? Que tipo de conteúdo pode ser inserido para que ele seja ainda melhor?

O rádio evolui constantemente. Mas na ferramenta "Internet", está o crescimento da qualidade do conteúdo pela rapidez dos dados em tempo real, e interatividade. Vai crescer sempre, embora as entidades do desporto vivam criando dificuldade para atuação dos profissionais.

O que pensa da independência jornalística das emissoras em relação a dirigentes e entidades? Existe no Brasil alguma distorção nesse tipo de convívio?...

A independência é um dos pontos de partida, uma condição básica. Que eu saiba, no rádio não há nenhum veículo com esse odioso vício. Pode ser que exista, mas não é do meu conhecimento, se existir.
No Rio, eu asseguro que todas são independentes em linha editorial. Nas grandes emisoras do país a mesma coisa. Se há problema dessa natureza, eu desconheço.

Tipos de mídia como TV e internet e até o rádio FM estão ameaçando de alguma forma à existência do rádio AM?


Não creio. Quanto a Internet, pelo contrário, ela é uma aliada, para onde todos irão. É uma mídia convergente. Todos desaguarão na Internet. Até a própria televisão.

O AM Digital irá mesmo revolucionar o hábito de se ouvir rádio? Em quanto tempo acredita que essa tecnologia estará em funcionamento e acessível para os ouvintes?

Será uma revolução e todos terão que se adaptar. Quem não fizer isso vai sumir. Vai acabar qualquer diferença de AM/FM, porque todas serão sintonizáveis com som puríssimo em qualquer lugar. Há carros hoje, já saíndo de fábrica nos Estados Unidos com essa tecnologia. A Tupi já faz parte desse cardápio que tem mais de 11 mil rádio de várias partes do mundo. O que falta é as pessoas terem o aparelho digital para sontonizar. Em quanto tempo terão, é que é a questão que ninguém sabe ao certo. O tempo estimado é de 5 anos, aproximadamente

Como o amigo analisa o poder cada vez maior das emissoras de TV que compram os direitos de transmissão das competições e impõem coisas absurdas para atender suas conveniências como programação de horários esdrúxulos para a realização dos jogos e até imposições na mudança radical dos uniformes dos times por causa da visualização?

Esse é um absurdo contemporâneo. Você usou a palavra certa: esdrúxulos. Estão usando um poder imperial acobertados por dirigentes incapazes e medrosos. Uma distorção. Quem compra direito de exibição, não comprou o mundo, os hábitos, os horários e a dignidade do torcedor, para quem não dão a mínima.
Tecnicamente atrapalha por exemplo, calções da mesma cor em times de camisas completamente diferentes tipo a tricolor do Flu com a azul do Cruzeiro. Os calções e meias brancas dos dois times atrapalhariam em alguma coisa a você como narrador por exemplo?...
Dependendo do tom da cor atrapalha, sim. Mas com os matizes variados, quase não acontece esse problema atualmente. A dificuldade ainda existente é com camisas listradas que escondem a leitura dos números.

Como é que você analisa o chamado sistema de transmissão off-tube, o “tubão”?
É uma coisa inevitável nesses tempos de dificuldades econômicas?
Não é apenas um problema de ordem econômica, pelo menos para as maiores, embora o mundo viva um problemão econômico. Hoje em dia existe muita competição sendo jogada que não cabe no calendário. Ele não suporta. Parece até que na Fifa, Sul Americana e na CBF, eles acham que o ano tem 500 dias.
O intervalo entre um evento e outro não permite ir e voltar a tempo num Brasileirão, por exemplo. Na F-1, a TV Globo faz várias transmissões com o narrador e comentarista no Rio e o repórter, este sim, no país da corrida. No rádio é quase a mesma coisa. Tudo começou por causa da Copa do Mundo, que ensinou isso por necessidade. Na atualidade acho que só o José Silvério ( um baita narrador ), não faz
off-tube, mas por opção dele. Mas na Copa não tem jeito. É assim, ou não cobre o evento na íntegra. Virou uma solução para várias ocasiões e se espalhou.

Existem alguns profissionais que você admira mas que não tenha trabalhado com eles, que adoraria ter trabalhado?
Com os melhores do Rio, trabalhei com todos. De fora daqui há vários que difícilmente terei o prazer de trabalhar.

Penido, no futebol é muito comum formarmos a melhor seleção brasileira de todos os tempos, o melhor Botafogo, o Palmeiras eterno, ETC... E se você pudesse formar a equipe esportiva de todos os tempos no rádio, tendo quatro narradores, três comentaristas, um comentarista de arbitragem, dois âncoras, quatro repórteres e dois plantonistas, como escalaria esse timaço? (a pergunta não fica restrita ao rádio do Rio de Janeiro, pode citar profissionais de qualquer Estado do Brasil)
É impossível. Brota tanto nome na cabeça que teria uns 15 narradores, outro tanto de comentaristas e repórteres. Só aqui teria que encaixar por exemplo: Waldir Amaral, Jorge Curi, Doalcey Camargo, Jota Santiago, Edson Mauro, e claro, meu dileto e querido amigo, o fera José Carlos Araújo, só para citar alguns nomes rapidamente, sem falar que eu iria querer uma vaguinha nesse timaço...
E imagine quando pintar a galera do passado mais remoto?... Não daria. Com comentaristas e repórteres ocorre a mesma situação. E os de fora do Rio que não poderiam ficar de fora?
Me livre desse embaraço, por favor.

Quero te agradecer pela atenção e forma solícita e fraternal como nos atendeu respondendo a essa entrevista.

Eu é que agradeço a vocês por terem feito uma página para o rádio, e terem me incluído nela.
O meio contraiu uma dívida de gratidão com esta equipe, pela divulgação, seriedade e difusão de informações, que normalmente não chegam ao público. Com vocês, chegam muitas, via Net
Viu como o rádio e a Internet já tem alguma ligação? (risos)
Obrigado. Estarei sempre à disposição de vocês todos e dos participantes da comunidade.


PERFIL

NOME COMPLETO: LUIZ ALBERTO PENIDO
IDADE: 54 ANOS
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO: JUIZ DE FORA, EM 05/04/54
NOME DA ESPOSA E FILHO(S): MARCIA PENIDO E FILHO, MARCELO PENIDO
RELIGIÃO: COM TODOS OS SACRAMENTOS CATÓLICOS, SOU KARDECISTA POR FILOSOFIA E ADMIRADOR DE TODAS QUE BUSCAM A JESUS E ACREDITAM EM DEUS.
LAZER PREFERIDO: FUTEBOL, PRAIA, CARRO, CAMINHADAS E LIVROS.
COMIDA PREFERIDA: PICANHA
BEBIDA PREFERIDA: ÁGUA
LIVRO INESQUECÍVEL: OPERAÇÃO CAVALO DE TRÓIA( E MAIS UNS DEZ)
FILME INESQUECÍVEL: DANÇANDO NA CHUVA
CIDADES MAIS LINDAS QUE VISITOU: MONTREAL, TÓQUIO, PARIS, ROMA, NOVA IORQUE E MUNIQUE SÃO AS MINHAS PREFERIDAS.
MOMENTO HISTÓRICO NA CARREIRA: FINAL MERCOSUL DE 2000. VASCO 4 X 3 PALMEIRAS. A MAIOR VIRADA. FLAMENGO 3 X 1 VASCO (GOL DO PET) EM 2001. BRASIL X ITÁLIA (GANHAMOS NOS PENALTYS) COPA DE 94. HÁ OUTROS.
CLUBE E ÍDOLO DE INFÂNCIA: BOTAFOGO DE GARRINCHA
PROGRAMAS PREFERIDOS DE TV: LINHA DE PASSE( ESPNBrasil)
ATOR E ATRIZ PREFERIDOS: UM MONTÃO. NÃO DA PARA CITAR POUCOS.
CANTOR E CANTORA: CAETANO VELOSO E ADRIANA CALCANHOTO
AMIGOS DE FÉ E IRMÃOS CAMARADAS: GRAÇAS A DEUS SÃO MUITOS. MUITOS MESMO.




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