TODAS AS MULHERES DO MUNDO
Essa Rita,
essa Maria,
essa rotina,
essa romaria
em busca de paz...
Essa Rita,
essa Maria,
essa rotina,
essa romaria
em busca de paz...
Essa Ana,
essa Luíza,
essa fulana,
aquela juíza,
tão frágeis,
na mão de qualquer rapaz...
Essa Neuza,
essa Conceição,
essa formosa deusa
que apesar da diária decepção
não se rende a tristeza
e consegue ainda ser feliz
e lutar ...
Essa Joana,
essa Tereza,
essa Jonaide
com certeza,
mulheres de verdade
Mães até dos seus homens
operárias, heroínas anônimas
amantes, guerreiras diárias
Cora, Elke, Dercy, Zezé, Zizi
Christiane, Carmem, Joselita,
Albertina, Lucélia, Lígia,
Nívia, Baby, Bete,
Eugênia, Mônica, Eliane
Isabelina, Isabela, Coralina,
Marina, Helena,
Rosa, Heloísa,
Anézia, Anaide,
Amália, Adélia,
Todas “amélias” ...
Os filhos, os maridos
a própria vida, os sonhos
quase mortos
ou ainda sofridos,
a luta, o filho quase homem
a sede, a fome,
o futuro,
tudo, tudo
as preocupam...
O choro, a dor, a reza
a ausência, a traição,
a pátria, o pão
a família...
dela, a menopausa,
da filha a gravidez precoce,
a menstruação
e ainda quando sobra tempo,
os amores, o coração ....
Tudo compondo
a cabeça, a alma,
o sentimento dessas
frágeis-fortes damas
donas do mundo,
ainda que isso seja apenas
um desejo utópico e profundo
de um poeta ...
Paulo Gomes, 14/12/95
essa Luíza,
essa fulana,
aquela juíza,
tão frágeis,
na mão de qualquer rapaz...
Essa Neuza,
essa Conceição,
essa formosa deusa
que apesar da diária decepção
não se rende a tristeza
e consegue ainda ser feliz
e lutar ...
Essa Joana,
essa Tereza,
essa Jonaide
com certeza,
mulheres de verdade
Mães até dos seus homens
operárias, heroínas anônimas
amantes, guerreiras diárias
Cora, Elke, Dercy, Zezé, Zizi
Christiane, Carmem, Joselita,
Albertina, Lucélia, Lígia,
Nívia, Baby, Bete,
Eugênia, Mônica, Eliane
Isabelina, Isabela, Coralina,
Marina, Helena,
Rosa, Heloísa,
Anézia, Anaide,
Amália, Adélia,
Todas “amélias” ...
Os filhos, os maridos
a própria vida, os sonhos
quase mortos
ou ainda sofridos,
a luta, o filho quase homem
a sede, a fome,
o futuro,
tudo, tudo
as preocupam...
O choro, a dor, a reza
a ausência, a traição,
a pátria, o pão
a família...
dela, a menopausa,
da filha a gravidez precoce,
a menstruação
e ainda quando sobra tempo,
os amores, o coração ....
Tudo compondo
a cabeça, a alma,
o sentimento dessas
frágeis-fortes damas
donas do mundo,
ainda que isso seja apenas
um desejo utópico e profundo
de um poeta ...
Paulo Gomes, 14/12/95
2 comentários:
Texto maravilhoso,achei q só Chico Buarque tinha essa alma apurada para sentir as dores e o prazer da alma feminina, mas vejo q encontro outra pessoa tão sensivel, doce e forte, tal qual uma mulher! Obrigada por esse poema tão perfeito!
Só a sensibilidade de um poeta para adentrar na alma feminina.
Obrigada!
bjs.
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