AS DÍVIDAS DE LULA
Paulo Gomes
O que esperar de um Partido e de uma liderança que por mais de vinte anos lutaram para chegar ao poder levantando bandeiras como a justiça social e o desenvolvimento com distribuição de renda e de oportunidades, a prática da ética na política, a limpeza e modernização das leis e do sistema judiciário, a preservação dos nossos recursos naturais -notadamente a Amazônia–, a democratização dos meios de comunicação e sobretudo a implantação de uma nova ordem econômica menos predadora por parte dos banqueiros vorazes e do grande capital?...
Certamente dirá o amigo leitor: “que ao chegar ao poder, essa liderança e esse partido tivessem pelo menos, a obrigação
de lutar de todas as maneiras para colocar essas justas metas em prática, transformando em realidade o que tanto foi sonhado com o tempero da luta, da dor, da resistência e do sacrifício”.
E como não botar fé, visto que o personagem em questão é um sobrevivente e vitorioso ao mundo da pobreza e dos excluídos, que sofreu na pele as agruras de uma pátria madrasta para com seus filhos?
E que o seu Partido foi uma das mais belas expressões da organização coletiva da classe trabalhadora. Como não ter esperanças?...
Ainda mais depois de tantos anos de iniqüidades praticadas por governantes elitistas e descompromissados com o bem comum. Havia - e há - muita justiça por se
fazer.
O atual presidente da República, depois de quatro tentativas chegou lá. Emplacou logo bi-vitória em mandato e reeleição. E estranhamente vem se comportando de maneira igual ao modelo que tanto combateu. Um modelo covarde que obedece e aceita as mesmas regras do jogo que só beneficiam aos mesmo que sempre ganharam.
O estilo de governar não tem nada que lembre à ética na política, pelo contrário.
O sistema do “toma lá da cá”, a famigerada troca de favores indecente e promíscua que resultou em escândalos como o do mensalão e do caixa dois das campanhas eleitorais, envergonha a quem acreditou, votou e até lutou para que o atual Presidente da República chegasse ao poder maior.
Quando sua primeira atitude na área
econômica foi nomear um ex-serviçal do sistema econômico norte-americano para o cargo de Presidente do Banco Central, estava dado o recado de que tudo estaria como antes, ou até pior.
Taxas de juros absurdas, lucros gigantescos dos bancos, nada de distribuição séria de renda, concentração de dinheiro e riqueza.
Abismo absurdo entre desfavorecidos e super abastados.
O modelo tão feroz de manutenção da política econômica que não desenvolve o país, chegou a receber críticas de pessoas até – pasmem – como Delfin Netto e José Alencar, vice-presidente da República e grande empresário do setor têxtil. A desculpa é a Bolsa-Família ou Vale-Voto. Que ajuda a matar a fome, mas que imobiliza e condena o beneficiado a viver apenas com essa melhora, e “achando bom”, como se dizia antigamente.
Em verdade uma bolsa-esmola tão eleitoreira como as cestas básicas assistencialistas de outrora.
É pouco, muito pouco. Num país de potencial agrário inigualável, de potencial produtivo espantoso, chega a ser ridículo e perverso.
Quanto à Justiça continua igualzinha. Impunidade. A palavra resume o nosso país. Crimes de toda ordem são praticados e punição a seus protagonistas continua sem existir gerando a violência urbana sem precedentes e os assaltos praticados com requinte de crueldade aos cofres públicos, com direito a cartilha e manual alá Cacciola e Maluf servindo de modelo.
A cada ano um pedaço semelhante ao território do Estado de Alagoas é devastado da nossa Floresta amazônica. O governo impotente ou conivente assiste a tudo.
Os meios de comunicação contaminados, comprometidos adquiridos pelo poder do dinheiro que transborda dos esquemas religiosos e políticos não informam, não entretém, não promovem à cultura e nem tampouco educam. Apenas ajudam no processo da lavagem cerebral em massa.
O que mudou?..
José Sarney tornou-se o oráculo do presidente e o PMDB, não o MDB do velho Ulysses e do resistente e combativo Pedro Simon, virou o parceiro para todas horas e paradas e o fiel da balança. As dívidas do Senhor Luis Inácio, aumentam a cada dia.
O que esperar de um Partido e de uma liderança que por mais de vinte anos lutaram para chegar ao poder levantando bandeiras como a justiça social e o desenvolvimento com distribuição de renda e de oportunidades, a prática da ética na política, a limpeza e modernização das leis e do sistema judiciário, a preservação dos nossos recursos naturais -notadamente a Amazônia–, a democratização dos meios de comunicação e sobretudo a implantação de uma nova ordem econômica menos predadora por parte dos banqueiros vorazes e do grande capital?...
Certamente dirá o amigo leitor: “que ao chegar ao poder, essa liderança e esse partido tivessem pelo menos, a obrigação
de lutar de todas as maneiras para colocar essas justas metas em prática, transformando em realidade o que tanto foi sonhado com o tempero da luta, da dor, da resistência e do sacrifício”.
E como não botar fé, visto que o personagem em questão é um sobrevivente e vitorioso ao mundo da pobreza e dos excluídos, que sofreu na pele as agruras de uma pátria madrasta para com seus filhos?
E que o seu Partido foi uma das mais belas expressões da organização coletiva da classe trabalhadora. Como não ter esperanças?...
Ainda mais depois de tantos anos de iniqüidades praticadas por governantes elitistas e descompromissados com o bem comum. Havia - e há - muita justiça por se
fazer.
O atual presidente da República, depois de quatro tentativas chegou lá. Emplacou logo bi-vitória em mandato e reeleição. E estranhamente vem se comportando de maneira igual ao modelo que tanto combateu. Um modelo covarde que obedece e aceita as mesmas regras do jogo que só beneficiam aos mesmo que sempre ganharam.
O estilo de governar não tem nada que lembre à ética na política, pelo contrário.
O sistema do “toma lá da cá”, a famigerada troca de favores indecente e promíscua que resultou em escândalos como o do mensalão e do caixa dois das campanhas eleitorais, envergonha a quem acreditou, votou e até lutou para que o atual Presidente da República chegasse ao poder maior.
Quando sua primeira atitude na área
econômica foi nomear um ex-serviçal do sistema econômico norte-americano para o cargo de Presidente do Banco Central, estava dado o recado de que tudo estaria como antes, ou até pior.
Taxas de juros absurdas, lucros gigantescos dos bancos, nada de distribuição séria de renda, concentração de dinheiro e riqueza.
Abismo absurdo entre desfavorecidos e super abastados.
O modelo tão feroz de manutenção da política econômica que não desenvolve o país, chegou a receber críticas de pessoas até – pasmem – como Delfin Netto e José Alencar, vice-presidente da República e grande empresário do setor têxtil. A desculpa é a Bolsa-Família ou Vale-Voto. Que ajuda a matar a fome, mas que imobiliza e condena o beneficiado a viver apenas com essa melhora, e “achando bom”, como se dizia antigamente.
Em verdade uma bolsa-esmola tão eleitoreira como as cestas básicas assistencialistas de outrora.
É pouco, muito pouco. Num país de potencial agrário inigualável, de potencial produtivo espantoso, chega a ser ridículo e perverso.
Quanto à Justiça continua igualzinha. Impunidade. A palavra resume o nosso país. Crimes de toda ordem são praticados e punição a seus protagonistas continua sem existir gerando a violência urbana sem precedentes e os assaltos praticados com requinte de crueldade aos cofres públicos, com direito a cartilha e manual alá Cacciola e Maluf servindo de modelo.
A cada ano um pedaço semelhante ao território do Estado de Alagoas é devastado da nossa Floresta amazônica. O governo impotente ou conivente assiste a tudo.
Os meios de comunicação contaminados, comprometidos adquiridos pelo poder do dinheiro que transborda dos esquemas religiosos e políticos não informam, não entretém, não promovem à cultura e nem tampouco educam. Apenas ajudam no processo da lavagem cerebral em massa.
O que mudou?..
José Sarney tornou-se o oráculo do presidente e o PMDB, não o MDB do velho Ulysses e do resistente e combativo Pedro Simon, virou o parceiro para todas horas e paradas e o fiel da balança. As dívidas do Senhor Luis Inácio, aumentam a cada dia.
De um bigode maranhense a uma barba metalúrgica as dívidas com o nosso país só acumularamm. Erros terríveis e imperdoáveis para quem chegou com a obrigação dada pelo povo e pelo destino de resgatar aquilo que sempre foi negado ao nosso Brasil.
O senhor Lula está adquirindo pesadas dívidas junto ao povo pelo que não vem fazendo e pelo que deixou de fazer de bom e pelo que fez e continua fazendo de errado.
O senhor Lula está adquirindo pesadas dívidas junto ao povo pelo que não vem fazendo e pelo que deixou de fazer de bom e pelo que fez e continua fazendo de errado.
Sim, pesadíssimas dívidas para quem sempre encarnou e materializou as esperanças de muita gente sofrida, que esperava por dias de maior dignidade num país destroçado e dilacerado por tantos e tantos governos incompetentes e cúmplices de um esquema perverso, injusto e sujo.
É algo muito sério. um erro muito grave para quem tinha e tem na mão o poder de realizar mudanças importantes, no mínimo na postura e no jeito de governar.
Só para lembrar, que quem deve um dia é cobrado.
A história é implacável, pois mostra a verdade dos atos e dos fatos.
2 comentários:
ACM já não tem mais esta chance, mas Sarney ainda está em tempo de lançar "A Arte de Ser Governo, Sempre Governo".
Lula (ex-ABC e São Bernardo) começou a carreira como ala-esquerda, passou à zagueiro central e agora também atua na ponta-direita.
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