domingo, 25 de janeiro de 2009

Saúde



VERDADES E MITOS SOBRE A CAFÉINA

Neste Artigo:

O que é a cafeína? - Estudos sobre cafeína - Contraponto: pesquisas também apontam benefícios da cafeína - Mal de Parkinson - Dores de cabeça

A cafeína pode ser considerada uma das substâncias psicoativas mais consumidas no mundo. Ainda existe, no meio científico, muita discussão sobre seus potenciais benefícios e riscos para a saúde. A cafeína pode até mesmo atuar de forma terapêutica, quando adequadamente prescrita por um médico.

O que é a cafeína?

A cafeína pertence ao grupo de compostos das metilxantinas. São substâncias que, se tomadas em grandes quantidades e com freqüência, estimulam o sistema nervoso, produzindo estado de alerta de curta duração. Em medicina, a cafeína tem sido usada emergencialmente para excitar padrões deprimidos de respiração e até como terapêutica auxiliar no tratamento de dores de cabeça. A cafeína é também encontrada, em menores proporções, em outras bebidas além do café, como as bebidas contendo cacau, cola, chocolate, além do chá e de alguns remédios do tipo analgésico ou contra gripes.

Existem evidências de que a cafeína possa funcionar como droga de adição, causando dependência em seus consumidores. Não existem relatos, entretanto, de pessoas que tenham cometido atos desmedidos por estarem sob o efeito da substância. Para os especialistas, a explicação para isto está na quantidade de droga ingerida: caso fosse possível isolar a cafeína, seus efeitos seriam bastante potentes, semelhantes aos da cocaína, por exemplo. Existem, no entanto, aspectos psicológicos inerentes ao uso da cafeína, estipulados culturalmente através dos séculos. Tradicionalmente ela é usada como um estimulante leve, aceito em todas as famílias. Há também o efeito de sugestão, muito presente no uso da cafeína: a pessoa toma duas ou três xícaras de cafezinho, por exemplo, e fica a noite inteira sem dormir. O que está ocorrendo é muito mais o fato de a pessoa acreditar que esta dose lhe tira o sono do que o efeito da droga ingerida, propriamente dito.


A cafeína talvez seja a substância estimulante de maior consumo em todo mundo. Somente nos EUA, os dados epidemiológicos indicam que a ingestão diária é superior a 150mg, o equivalente a 3,5 kg de café por ano. Os países latinos têm tradicionalmente o hábito de tomar café mais concentrado, com maior teor de cafeína, enquanto que os americanos preferem o café bem mais diluído, de preferência descafeinado. Isto porque a bebida não é tão popular nos Estados Unidos como é no Brasil e em Cuba, os maiores produtores de café. O café coado tem menos teor de cafeína que o café sírio, por exemplo, que não é filtrado.
Há ainda outros ingredientes no café que podem elevar o nível de colesterol, além de estimular a acidez no estômago. Algumas pessoas apresentam sintomas de azia com o uso exagerado da bebida. Os pacientes portadores de gastrite e outras doenças gástricas costumam receber a indicação de que não devem tomar café, em especial se estiverem com o estômago vazio.

Estudos sobre cafeína
Estudos recentes mostraram alguma evidência de que beber duas ou três xícaras de café pode elevar a pressão e aumentar o cortisol, hormônio do estresse.
Alguns estudos também apontam a cafeína como um dos responsáveis por aumentar o poder de hipertensão de alguns remédios, o que significa que o mais adequado é não fazer uso da cafeína combinada com tratamentos médicos que exijam uso de medicamentos.


Contraponto: pesquisas também apontam benefícios da cafeína
Mal de Parkinson


Alguns estudos, no entanto, indicam que a cafeína também pode ser utilizada para controlar uma série de doenças. Entre eles, destacamos a pesquisa realizada por pesquisadores da Mayo Clinic em Rochester, Minnesota, que indica que beber café pode reduzir o risco da doença de Parkinson. O Dr. Demetrius M Maraganore, que coordenou a pesquisa, identificou, com sua equipe, 196 pessoas que desenvolveram a doença entre 1976 e 1995.


O artigo, publicado na revista Neurology, aponta que o uso de café foi significativamente mais comum em indivíduos controles do que nos casos que desenvolveram a doença. O motivo para esta associação não é conhecido, e os pesquisadores advertem que este resultado não significa, ainda, que tomar café tem um efeito protetor contra a doença de Parkinson, embora o estudo traga a observação de que há uma tendência de risco progressivamente mais baixo

Dores de Cabeça

Um outro estudo, chefiado por Seymour Diamond, da Diamond Headache Clinic (Clínica para Dor de Cabeça Diamond), em Chicago (Illinois), e publicado na revista Clinical Pharmacology and Therapeutics (Farmacologia Clínica e Terapêutica) envolveu 301 pessoas que sofrem de dor de cabeça com freqüência. A investigação mostrou que uma dose de cafeína também pode ajudar a tratar a cefaléia comum associada à tensão e atingir resultados ainda melhores se combinada com ibuprofeno. Da população pesquisada, 80% dos que tomaram a combinação da droga e da cafeína verificaram que a dor melhorou significativamente em seis horas, comparados a 67% que tomaram somente a droga e 61% que tomaram somente cafeína.

De acordo com a pesquisa, a combinação de cafeína e ibuprofeno também pode auxiliar no alívio das cólicas menstruais e certos tipos de dores pós-cirúrgicas. Acredita-se que a cafeína, por ter a propriedade de contrair os vasos sangüíneos, compensa a dilatação dos vasos da cabeça, que causam a dor. Para os especialistas, a cafeína parece potencializar os efeitos analgésicos do ibuprofeno.


O Conselho da Associação Médica dos EUA em Assuntos Científicos (American Medical Association on Scientific Affairs) recomenda consumo moderado de cafeína (até 250 mg de cafeína ao dia). então, mais do que nunca viva o nosso sagrado e delicioso cafezinho!

Segue abaixo tabela com quantidades de cafeína em alguns produtos conhecidos. Quantidade média de cafeína para 2 xícaras de bebida preparada:
Café expresso - 250 a 330 mg
Café descafeinado - 1 a 5 mg
Café tradicional- 40 a 180 mg
Café solúvel- 30 a 120 mg
Chá preparado - 20 a 110 mg
Chá instantâneo - 25 a 50 mg
Chocolate - 2 a 20 mg
Coca-cola- 45 mg
Coca-Cola Diet - 45mg
Pepsi-cola - 40 mg
Refrigerantes diversos - 2 a 20 mg
Copyright © 2006 Bibliomed, Inc. - 09 de Fevereiro de 2006.

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