AGRADECIMENTO AO MESTRE
Acabo de ler o livro “As crônicas de Armando Oliveira” lançado em comemoração ao aniversário que seria o de número setenta do grande comentarista esportivo e cronista do cotidiano.
A palavra que eu poderia resumir tudo após ter devorado em apenas três dias as quase 500 páginas da belíssima seleção que traz algumas de suas crônicas publicadas nos anos 70, 80, 90 e 2000, sobretudo no Jornal da Bahia é : “sabedoria”!
Para quem apenas conheceu o Armando gênio dos comentários sobre futebol ou – como no meu caso – foi apenas um leitor não muito assíduo de suas crônicas de temas livres, fica a constatação de que Armando Oliveira foi muito maior, muito mais talentoso, muito mais genial do se imagina.
Contendo uma mescla de inteligência, sensibilidade, irreverência, senso crítico e elegância, esses textos de Armando nos dão a certeza de que a enorme simplicidade de seu autor, privou o país de conhecer uma de suas melhores cabeças.
Despojado da vaidade exacerbada tão comum no meio intelectual, o nosso ilustre conterrâneo não estava “nem aí” para os holofotes da fama. Pena que por exemplo o pessoal do Pasquim não tivesse tido a sacada de descobri-lo e de publicar suas crônicas. Com todo o respeito aos grandes colunistas do velho e bravo Pasca, e sem nenhum tipo de bairrismo, afirmo que os textos de Armando só encontram concorrentes do mesmo calibre na pena somente de alguns, digo até, de pouquíssimos do chamado “primeiro time” do jornal de Ziraldo e Jaguar.
A leveza e fluência da escrita e a facilidade e inteligência com que abordava os mais diferentes temas que iam da política aos costumes, da literatura a TV , da música ao cinema, sem falar nas suas lembranças, reminiscências e personagens quase sempre abordados em tom poético, impressionam.
Armando instigava, debatia, ensinava, afirmava, sonhava, fazia rir. Enfim: conquistava o leitor. Sabedoria a serviço de todos.
Ia além de um verdadeiro formador de opinião.Sabia mexer com a consciência e com o coração do leitor, com a sutileza de quem não tinha a pretensão de fazê-lo o que o tornava um mestre ainda mais simpático e de didática ainda mais agradável. Nos ensinava assim o quanto a vida é bela - apesar dos pesares - e que curti-la é o melhor remédio. Daí a fundação do seu imaginário partido político, o PPdoL, Partido da Prática do Lazer. Armando soube como poucos apreciar a boa música, curtir uma praia, o carnaval e a beleza das cabrochas baianas e os sabores das boas bebidas.
Acabo de ler o livro “As crônicas de Armando Oliveira” lançado em comemoração ao aniversário que seria o de número setenta do grande comentarista esportivo e cronista do cotidiano.
A palavra que eu poderia resumir tudo após ter devorado em apenas três dias as quase 500 páginas da belíssima seleção que traz algumas de suas crônicas publicadas nos anos 70, 80, 90 e 2000, sobretudo no Jornal da Bahia é : “sabedoria”!
Para quem apenas conheceu o Armando gênio dos comentários sobre futebol ou – como no meu caso – foi apenas um leitor não muito assíduo de suas crônicas de temas livres, fica a constatação de que Armando Oliveira foi muito maior, muito mais talentoso, muito mais genial do se imagina.
Contendo uma mescla de inteligência, sensibilidade, irreverência, senso crítico e elegância, esses textos de Armando nos dão a certeza de que a enorme simplicidade de seu autor, privou o país de conhecer uma de suas melhores cabeças.
Despojado da vaidade exacerbada tão comum no meio intelectual, o nosso ilustre conterrâneo não estava “nem aí” para os holofotes da fama. Pena que por exemplo o pessoal do Pasquim não tivesse tido a sacada de descobri-lo e de publicar suas crônicas. Com todo o respeito aos grandes colunistas do velho e bravo Pasca, e sem nenhum tipo de bairrismo, afirmo que os textos de Armando só encontram concorrentes do mesmo calibre na pena somente de alguns, digo até, de pouquíssimos do chamado “primeiro time” do jornal de Ziraldo e Jaguar.
A leveza e fluência da escrita e a facilidade e inteligência com que abordava os mais diferentes temas que iam da política aos costumes, da literatura a TV , da música ao cinema, sem falar nas suas lembranças, reminiscências e personagens quase sempre abordados em tom poético, impressionam.
Armando instigava, debatia, ensinava, afirmava, sonhava, fazia rir. Enfim: conquistava o leitor. Sabedoria a serviço de todos.
Ia além de um verdadeiro formador de opinião.Sabia mexer com a consciência e com o coração do leitor, com a sutileza de quem não tinha a pretensão de fazê-lo o que o tornava um mestre ainda mais simpático e de didática ainda mais agradável. Nos ensinava assim o quanto a vida é bela - apesar dos pesares - e que curti-la é o melhor remédio. Daí a fundação do seu imaginário partido político, o PPdoL, Partido da Prática do Lazer. Armando soube como poucos apreciar a boa música, curtir uma praia, o carnaval e a beleza das cabrochas baianas e os sabores das boas bebidas.
CARICATURA SONORA "Deve ser mesmo "fera", face aos elogios unânimes que recolhi junto aos companheiros de Salvador que estiveram no Sul, cobrindo os jogos do Bahia. Refiro-me a Paulo Gomes, confrade da Rádio Cultura, especialista na caricatura sonora dos personagens que transitam no futebol baiano.Talentoso imitador, autor de textos bem humorados, ainda não tive o prazer de ouvi-lo, o que farei quando retornar a Bahia".
Obrigado Mestre, pela gentileza e pelos sábios textos.
A grandeza de sua criatividade ficava ainda mais latente quando conseguia imprimir ritmo e emoção em temas aparentemente banais ou desprovidos de aparentes resquícios de conteúdo como as homenagens aos seus carros como por exemplo, a “Marronzinha” e a “Branca de Neve”. Na série “Carta ao meu filho” em que aproveitava o mote da estada do filho Marquinhos na Alemanha, o nosso ilustre nativo de Água Preta “dava show” de informações e de sabedoria na abordagem das novidades tupiniquins.
Me emocionei várias vezes e ao final de cada texto, só me vinha uma frase :
“Meus Deus, quanta sabedoria colocastes nesse cara!”
A bela iniciativa da organização do projeto do livro foi do governador Paulo Souto amigo de infância e colega de imprensa esportiva do grande Armando, iniciativa que merece a alcunha de “gol de placa”, tudo a ver.
Da minha parte como fã, conto-lhes que nunca estive pessoalmente com Armando. E o que me dói é que por pura timidez minha e em respeito a timidez dele, desperdicei oportunidades não de “pedir um autógrafo” ou de manifestar minha admiração e sim de lhe retribuir um ato de grande gentileza. É que trabalhando na TV Itapoan em 1997 via Armando pertinho de mim cotidianamente no pátio da Rádio Sociedade que funciona no mesmo prédio da TV,fumando o seu cigarro antes de descer para fazer o seu comentário às sete e meia da manhã. Digo agradecer a gentileza, pois dois anos antes quando fazia o programa Ultra-Leve na Rádio Cultura da Bahia, Armando na sua coluna no precocemente extinto jornal Bahia Hoje, sem me conhecer, e com sua enorme generosidade publicou a seguinte nota:
Me emocionei várias vezes e ao final de cada texto, só me vinha uma frase :
“Meus Deus, quanta sabedoria colocastes nesse cara!”
A bela iniciativa da organização do projeto do livro foi do governador Paulo Souto amigo de infância e colega de imprensa esportiva do grande Armando, iniciativa que merece a alcunha de “gol de placa”, tudo a ver.
Da minha parte como fã, conto-lhes que nunca estive pessoalmente com Armando. E o que me dói é que por pura timidez minha e em respeito a timidez dele, desperdicei oportunidades não de “pedir um autógrafo” ou de manifestar minha admiração e sim de lhe retribuir um ato de grande gentileza. É que trabalhando na TV Itapoan em 1997 via Armando pertinho de mim cotidianamente no pátio da Rádio Sociedade que funciona no mesmo prédio da TV,fumando o seu cigarro antes de descer para fazer o seu comentário às sete e meia da manhã. Digo agradecer a gentileza, pois dois anos antes quando fazia o programa Ultra-Leve na Rádio Cultura da Bahia, Armando na sua coluna no precocemente extinto jornal Bahia Hoje, sem me conhecer, e com sua enorme generosidade publicou a seguinte nota:
Guardo comigo até hoje com o maior carinho e como um troféu, a página do jornal já amarelado pelo tempo e com suas palavras sobre esse pobre mortal. Muito obrigado mesmo!
Paulo Gomes, maio de 2006
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