sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Cinema


PAULO,
O BEM-AMADO

Mais do que justo. O ator Gracindo Jr. produziu um documentário para homenagear o seu pai Paulo Gracindo um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos.
Com uma biografia que se confunde com a história da comunicação no Brasil, Paulo Gracindo (1911-1995) foi um dos atores mais populares do país. Morando em Maceió, veio para o Rio aos 20 anos, onde passou até fome até conseguir uma chance no teatro, com Procópio Ferreira. Com sua voz marcante, fez sucesso no rádio, como apresentador e ator de radionovelas – inclusive como o Albertinho Limonta de “O Direito de Nascer”.


Na TV, sua popularidade atingiu o auge com personagens como o Odorico Paraguaçu da novela “O Bem-Amado”. Através de depoimentos de colegas e amigos, e de um rico material de arquivo, recupera-se parte da trajetória deste ator, que não desistiu de sua arte até o fim da vida, quando o mal de Alzheimer e uma quase cegueira minavam sua energia.

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CONVIDADOS : Arnaldo Jabor, Bibi Ferreira, Cláudio Cavalcanti, Daniel Filho, Dorival Caimmy, Eva Wilma, Fernanda Montenegro, Françoise Forton, Ginaldo de Souza, José Wilker, Lima Duarte, Mauro Alencar, Max Nunes, Milton Gonçalves, Paulo José, Paulinho da Viola, Rogério Fróes, Roberto Carlos.
____________________________________________________________________ O Bem-Amado telenovela escrita por Dias Gomes, produzida pela Rede Globo foi levada ao ar de 24 de janeiro a 9 de outubro de 1973, às 22h, com direção de Régis Cardoso e supervisão de Daniel Filho. Inspirada numa peça teatral do próprio autor, de título Odorico, o Bem-Amado ou Os Mistérios do Amor e da Morte, escrita em 1962.

O Bem-Amado voltou ao ar nos anos 80 como seriado mantendo os atores e personagens principais, mas também com novos atores interpretando alguns personagens.

Elenco Original - Novela :

Paulo Gracindo - Odorico Paraguaçu -
Lima Duarte - Zeca Diabo (José Tranqüilino da Conceição)Emiliano Queiroz - Dirceu Borboleta (Dirceu Fonseca) - Ida Gomes - Dorotéia Cajazeira - Dorinha Duval - Dulcinéia Cajazeira - Dirce Migliaccio - Judicéia Cajazeira -
Jardel Filho - Dr. Juarez Leão - Sandra Bréa - Telma Paraguaçu -
Zilka Salaberry - Donana Medrado - Carlos Eduardo Dolabella - Neco Pedreira -
Lutero Luiz - Lulu Gouvêia - Milton Gonçalves - Zelão das Asas - Gracindo Jr. - Jairo PortelaMaria Cláudia - Gisa - João Paulo Adour - Cecéu Paraguaçu - Rogério Fróes - Vigário
Ruth de Souza - Chiquinha do Parto - Ana Ariel - Zora Paraguaçu -
João Carlos Barroso - Eustórgio - André Valli - Ernesto Cajazeira -
Auricéia Araújo - Mãe de Zeca Diabo - Júlio César - Isaque -
Wilson Aguiar - Nezinho do Jegue
Para ouvir a música de abertura da Novela O Bem-Amado clique no link e faça o download :
http://www.4shared.com/file/67358908/d8f8d3f0/05_-_Coral_Som_Livre_-_O_Bem_Amado.html

Para ver a abertura original da Novela O Bem-Amado de 1973 (primeira novela transmida em cores no Brasil) clique no link e faça o download:

http://www.4shared.com/file/67359059/65e54bc9/Abertura_O_Bem_Amado.html





SUA EXCELÊNCIA ODORICO, O ÍCONE DOS CORRUPTOS




Odorico Paraguaçu nasceu em meados de 1920 na fazenda de seus pais nos arredores de Sucupira, cidadezinha localizada em algum lugar da Bahia. Desde pequeno se destacou como liderança nas turmas estudantis, sendo o primeiro a conseguir tornar feriado o dia dos professores, garantindo assim a simpatia dos mesmos.


O feriado fez tanto sucesso que tornou-se oficial em Sucupira e em todo país. Cidade que anos depois Odorico fora eleito e posteriormente reeleito, numa época onde nem existia eleição. Governou Sucupira com tanta sabedoria e inteligência, que serve de referência e mantém seguidores fiéis até hoje em todo cenário político do país.


Dotado de uma habilidade incrível com as palavras (fruto de seu curso na Universidade de Sourbone, na França do Sul), cativava as massas numa época em que os comícios não tinham nem fanfarra, quanto mais bandas completas. Homem de visão, foi o criador do Orçamento Político, documento que informa o que se ia fazer para o próximo ano e porque não se fez o prometido no ano anterior. É um documento tão importante que existe até hoje em todos os níveis políticos do Brasil.
Provando ter uma mentalidade séculos à frente de todos os políticos brasileiros, criou algo absolutamente fenomenal: estando na impossibilidade de inaugurar um cemitério em Sucupira por falta de defuntos, criou a inauguração futura.


Como sempre, foi copiado por todos os políticos do Brasil, que inauguram obras que ainda não estão completas, só para o povo ver que eles têm boa vontade.
Muito antes dos atuais governos, Odorico foi o primeiro a dar cargos importantes para oposição, tendo assim sempre garantindo uma oposição não tão oposição assim.


Mesmo antes de virar moda no Congresso, muito antes dos políticos usarem as cuecas para carregar dólares, Odorico já usava bancos internacionais.
Superfaturou uma Bica de Água na sua cidade do coração e inaugurou-a repetidas vezes, a cada reforma que fazia, definia com mais uma nova obra.
O sucesso foi tamanho que até hoje os políticos brasileiros reinauguram tudo que existe.
O que hoje é normal, Odorico rompeu barreiras ao ser o primeiro a empregar cupinchas e familiares em seu gabinete. Sem falar que agora Odorico acusa Presidente e outros Governantes de plágio: “ posso afirmar de alma lavada e enxugada que a merecedência da frase Eu não sei de nada é deverasmente minha".


Entretanto, como na vida de tantos homens ilustres, Odorico Paraguaçu não conseguiu realizar tudo o que planejou. Por mais que fizesse, não conseguia inaugurar o cemitério municipal de Sucupira. Apesar da cidade ter um famacêutico suicida, um matador de aluguel e um monte de velhos, foi só construir a cidade que todos pararam de morrer.
Com certeza, como provou uma CPI instaurada para isso, fruto de manobras da imprensa marronzistas (como a Veja e a Folha de S. Paulo) que queriam sabotar o projeto político do prefeito. Odorico Paraguaçu, como toda figura ímpar na história, tinha uma cabeça muito à frente do seu tempo e foi pioneiro em milhares de coisas.
A seguir você verá uma pequena lista de suas visões futurísticas:
- Primeiro prefeito reeleito do Brasil, num tempo em que a reeleição nem existia
- Primeiro prefeito que renunciou e des-renunciou em apenas um final de semana
- Primeiro prefeito a vender as empresas municipais (muito antes dos governantes venderem nossas estatais
- Primeiro prefeito a pegar verbas de empreiteiras
- Primeiro prefeito a enviar divisas a um banco do exterior
- Primeiro prefeito a vender a mãe para ganhar a eleição
- Primeiro prefeito a acusar a imprensa de ser marronzista
- Primeiro prefeito a colocar parentes e cupinchas no gabinete
- Primeiro prefeito a fazer acordos com a oposição
- Primeiro prefeito a dizer que não sabia de nada
- Primeiro prefeito a subir vertiginosamente os impostos municipais
- Primeiro prefeito a inaugurar o cemitério de Sucupira

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